tem resultados visíveis
Maior, mais forte<br>e mais interventivo
Para além das inúmeras batalhas políticas que trava todos os dias nas empresas, nas ruas e nas instituições, o Partido está empenhado no reforço da sua organização e intervenção, factor decisivo para que possa enfrentar com êxito os duros combates que se avizinham. Os resultados alcançados são animadores.
Os militantes têm um papel decisivo na vida do PCP
Que o PCP é a mais coerente e combativa força de oposição ao Governo PSD/CDS e à política de direita que estes dois partidos, juntamente com o PS, há muito vêm levando à prática no País, ninguém minimamente sério o poderá negar. Por mais que muitos o tentem, recorrendo ao prestimoso apoio dos principais órgãos de comunicação social que, há que não esquecer, são propriedade dos que ganham com a exploração e o empobrecimento dos trabalhadores e do povo e com a submissão do País às multinacionais e às potências da União Europeia e da NATO.
Mas quem todos os dias luta por direitos e salários dignos, pelo centro de saúde ou pelo posto de correios, por uma escola em condições ou pela possibilidade de ser feliz em Portugal, sabe que são os comunistas que estão ao seu lado a organizar, a mobilizar e a dar sentido a todos estes combates, que no fundo são um só. Da mesma forma que são cada vez mais os que vêem no projecto do PCP uma alternativa capaz de devolver ao País a sua soberania e aos trabalhadores e ao povo a dignidade e os direitos que lhes foram retirados, e os que encontram na prática política dos comunistas e dos seus aliados uma inequívoca demarcação da corrupção e da mentira que marcam a actuação dos partidos da «troika interna».
Por todas estas razões, o PCP é hoje uma força que cresce e se afirma. As comemorações do seu 94.º aniversário, que decorreram durante o mês de Março, revelaram-no: as grandes iniciativas, com a presença do Secretário-geral, foram vibrantes demonstrações de unidade e determinação, que nem o habitual apagamento mediático conseguiu obscurecer. Em muitos locais, a celebração deste aniversário significou o retomar de uma tradição há muito interrompida, ao passo que noutros a participação de militantes e simpatizantes superou largamente a de anos anteriores.
Reforçar em movimento
Para além da justeza das propostas e da coerência da intervenção, o prestígio crescente do Partido assenta em grande medida no generoso e determinado colectivo de homens, mulheres e jovens, presente nas principais empresas e sectores profissionais e na generalidade dos concelhos, freguesias e localidades do País. O seu reforço é uma tarefa constante. E decisiva.
Assim, e ao mesmo tempo que desenvolveram a acção política do Partido nas várias frentes, os militantes comunistas, integrados nos seus organismos, levaram a cabo de forma determinada e quase «invisível» as tarefas de reforço da organização e intervenção partidárias. Fizeram-no na acção quotidiana, em reuniões e assembleias e em muitos milhares de contactos individuais, enquadrados pela resolução do Comité Central «Mais Organização, Mais Intervenção, Maior Influência – um PCP Mais Forte», aprovada em Dezembro de 2013.
Este documento define as direcções principais de reforço do Partido e adianta as medidas concretas que as podem concretizar: entre elas, sobressaem a acção de contactos com os membros do Partido, visando a actualização de dados, a entrega do novo cartão e a elevação da militância, e a campanha de adesão ao Partido «Os Valores de Abril no Futuro de Portugal», que estabelece como meta o recrutamento, até final de Abril deste ano, de dois mil novos militantes.
Ainda em curso, estas campanhas estão a ter resultados relevantes (ver caixa). Mas há ainda muito por fazer.
Recrutar e organizar
No que respeita ao recrutamento, o tempo não é ainda de balanço: o anúncio feito por Jerónimo de Sousa no Encontro Nacional de 28 de Fevereiro, de que o Partido contava já com 1700 novos militantes, permite confiar que os objectivos serão cumpridos, senão mesmo ultrapassados. Mas para que o sejam de facto há que continuar a contactar e a convencer trabalhadores, jovens, mulheres e democratas independentes para que se tornem militantes comunistas. Inseri-los na actividade diária do Partido é o passo a seguir.
Dos novos militantes, garantiu ao Avante! Francisco Lopes, membro do Secretariado e da Comissão Política, muitos destacam-se nas empresas em que trabalham, alguns como eleitos em organizações representativas dos trabalhadores. Entre os jovens, igualmente em grande número, vários são actualmente militantes da JCP.
Quanto à acção de contactos, ela encontra-se perto de estar concluída: ultrapassou-se já, globalmente, os 70 por cento dos militantes contactados, sendo que muitas organizações já terminaram e várias encontram-se entre os 80 e os 90 por cento de concretização, sublinhou Francisco Lopes. Como resultados mais salientes, o dirigente comunista realça as disponibilidades reveladas por muitos militantes para assegurar tarefas orgânicas, como a responsabilidade por organizações de base, a recolha de quotas, a distribuição da imprensa ou a afixação e distribuição de propaganda. Há pois que passar à prática.
O facto de largas centenas de militantes terem aceitado passar a receber o Avante! e aumentar o valor da sua quota é um aspecto da maior importância, que assume um significado particular num momento como o que vivemos, marcado pelo drástico empobrecimento das camadas populares, precisamente aquelas de onde provém a maioria dos militantes e simpatizantes do PCP. A regularização de quotas em atraso permitiu ao Partido recuperar milhares de euros, revelou ainda Francisco Lopes.
Ainda graças à acção de contactos, os organismos dirigentes do Partido têm hoje um conhecimento mais aprofundado das potencialidades das organizações partidárias e da própria realidade sócio-económica das empresas, sectores, concelhos e regiões em que intervêm. Os efeitos positivos desta acção, se forem aproveitadas todas as suas potencialidades, prolongar-se-ão no futuro.
Contar com as próprias forças
Anunciada pelo Secretário-geral do Partido na abertura da última Festa do Avante!, a aquisição por 950 mil euros da Quinta do Cabo, que se juntará à Quinta da Atalaia para a realização daquela que é a maior iniciativa político-cultural do País, suscitou o entusiasmo do colectivo partidário, e não só. Para suportar esta decisão audaciosa, foi lançada a campanha nacional de fundos «Mais Espaço, Mais Festa – Futuro com Abril».
Passado pouco mais de seis meses, revela Alexandre Araújo, do Secretariado, foram centralizados na caixa central do Partido cerca de 280 mil euros, provenientes da contribuição de milhares de militantes e simpatizantes do PCP. Ao contrário de outros, que beneficiam de apoios do grande capital, os comunistas e seus aliados contam apenas com as suas próprias forças: foi assim com a Quinta da Atalaia, com inúmeros centros de trabalho espalhados pelo País e com a própria sede nacional; é assim, uma vez mais, com a Quinta do Cabo.
Para concretizar a campanha, foram editados títulos de 50, 100, 200, 300, 400, 500 e 1000 euros, cartões de 5, 10 e 20 euros e folhas de contribuição, para compromissos mensais de valor variável. A preparação e divulgação da Festa, que este ano tem lugar entre 4 e 6 de Setembro, é um momento privilegiado para intensificar a recolha de fundos. Para o ano, na 40.ª edição, a Festa já será maior. E ainda melhor.